Gastronomia e Pesca

Os integrantes das culturas Valdívia e Mantenha demonstraram ser navegantes habilidosos e excelentes pescadores, sua herança se mantém às portas do século XXI. Os habitantes de Puerto López, assim como os seus antepassados, vivem do mar, dos seus produtos e da sua riqueza, a pesca é a sua existência de terra. A atividade predominante é o artesanato, todos os pescadores do Cantão vão em seus navios pequenos procurar o sustento na grande massa da água. O uso dos barcos de madeira a  remo e as jangadas à vela quase desapareceram; atualmente, são de fibra de vidro,, com motores externos, que lhes permitem viajar a grandes distâncias em um tempo reduzido. Geralmente os barcos zarpam durante a tarde para explorar durante a noite a área de pescaria, realizam o seu trabalho e voltam para a praia ao amanhecer. As tarefas da pesca são feitas com as ferramentas sofisticadas da pesca, tais como o espinel, o tresmalho e a  rede, embora, em alguns casos, seja usado o arpão.  Os produtos mais destacados são, em ordem de maioria de pesca, a corvina, o camotillo e o cabeçudo.

O pescador se mantém ativo durante todos os meses do ano, realizando mais tarefas durante a denominada escura, que corresponde à fase da lua nova, para a qual o artesão pesca 22 dias por mês. A maioria dos pescadores artesanais utiliza como único instrumento de navegação a bússola, por serem barcos de pouca atonomia, mesmo que haja um planejamento de suas saídas de pesca, baseadas em função das informações e experiência profissional, obtida ao longo de sua vida.  Mas, conforme dizem, estão atualmente ameaçados pelo monopólio da pesca industrializada, os pescadores artesanais se queixam da presença de grandes barcos que atraem os peixes e deixam-nos a eles sem pressa.  Por este motivo, a atividade está decaindo e isto os deixa preocupados, sobretudo quando há claridade e o peixe procura o fundo do mar. A capitania do Porto de Manta proibiu, em 1999, esta presença, enfatizando ser a área para eles desde Puerto López até a Isla de la Plata. Daí a oeste os industriais podem pescar.

O pescador artesanal como tal é quem se dedica à captura de peixes crustáceos, mas, assim mesmo, estão os concheiros, caranguejos e larveiros.  Os concheiros e caranguejos se dedicam à extraçaõ de invertebrados marinhos e representam uma porcentagem baixa na força de trabalho. Os larveiros se dedicam à coleta de larva de camarão. Támbém há pessoas que participam de trabalhos de apoio à pesca como visceradores, taladores, redeiros, carregadores, mecânicos, carpinteiros, comerciantes e outros.

A temporada de ouro antes da pesca de Puerto López foi entre os séculos 19e 29, em um cenário onde o mar é uma fonte inesgotável de alimentos.  Em Puerto López a atração pela pesca se dá sob a influência de costumes e da religião. Atualmente há um agrupamento denominado "aso pescar", o qual oferece muitos benefícios para os seus sócios, está composto por 80 sócios e é dirigido hoje em dia pelo SR. ALIPIO PARÉALES, além disso, conta com uma zona na parte norte do Malecón denominada terminal pesqueiro, que serve para o desembarque do peixe e oferece muitos meios de importância como refeitórios, gasolina artesanal, viseradores, entre outros, esta obra foi financiada pelo VECEP e pela UNIÃO EUROPEIA.
Os pratos típicos estão baseados em mariscos principalmente peixe, polvo, lula, os mais preparados são as sopas, ceviches, e também são elaborados pratos baseados em ostra (concha spondlylus), considerado um molusco sagrado. Este fruto do mar pode ser encontrado entre 20 e 120 metros de profundidade no mar, onde geralmente vivem em colônias.  Estende-se, também, até os bons recheios de peixe e galinha crioula, e o café de mata ideal para qualquer comida.